CONTROLE DA QUALIDADE DA ÁGUA

Os sistemas de abastecimento coletivo de água, públicos ou privados, devem cumprir as regras do Decreto n.º 5.440. O mesmo estabelece normas e prazos, para que o consumidor receba informações quanto à qualidade da água que chega em sua casa.

Para cumprir esta norma, o SIMAE, envia na fatura mensal de cada consumidor os dados de analises e também envia o relatório anual para cada consumidor, com os resultados das análises realizadas do controle da qualidade da água.

Além do Decreto n.º 5.440 o SIMAE cumpre a Portaria GM/MS n.º 888, de 4 de maio de 2021, Decreto nº 1846, de 20 de dezembro de 2018 e Portaria nº 421 de 13 de maio de 2016.

CONTROLE DE QUALIDADE

O controle da qualidade da água, é realizado em todas as etapas do tratamento e na água distribuída para consumo, com monitoramento na rede distribuidora. São realizadas análises diárias, semanais, mensais, trimestrais e semestrais. Para a água estar própria para consumo, dentro dos padrões de potabilidade, deve estar de acordo com os parâmetros estabelecidos, pela Portaria GM/MS nº 888, de 4 de maio de 2021, do Ministério da Saúde, que estabelece os procedimentos e normas, relativos ao controle e vigilância da qualidade da água, destinada ao consumo humano e seu padrão de potabilidade. O SIMAE, também observa e cumpre os padrões estabelecidos pela vigilância municipal, estadual e federal.

Para garantir que água chegue até as torneiras e atenda os consumidores em quantidade e qualidade, o Serviço Intermunicipal de Água e Esgoto de Capinzal e Ouro, conta com um capacitado corpo técnico, que atuam nos laboratórios onde são realizadas as análises físico-químicas e microbiológicas, na Estação de Tratamento, na manutenção, na construção e consertos de redes e adutoras, e serviços administrativos, de modo que a água distribuída seja de qualidade e o abastecimento seja continuo.

O controle de qualidade da água está integrado à Seção de Operação e Tratamento com responsável técnico habilitado.

Para as análises que devem ser realizadas em laboratório terceirizado, o SIMAE, contrata laboratório especializado, na análise desses parâmetros, sendo eles cianobactérias, produtos secundários da desinfecção, agrotóxicos e metais pesados cuja frequência é mensal, trimestral, semestral e anual.

PARÂMETROS ANALISADOS EM LABORATÓRIOS ESPECIALIZADOS (água bruta, tratada e distribuída)

• Monitoramento da qualidade da agua bruta do Rio do Peixe,Cianobactérias e demais algas em amostras de água bruta superficial,
Demanda Química de Oxigênio (DQO), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Oxigênio Dissolvido (OD), Turbidez, Cor Verdadeira, pH, Fósforo Total, Nitrogênio Amoniacal Total e dos parâmetros inorgânicos, orgânicos e agrotóxicos.
Contagem de cistos de Giardia spp. e oocistos de Cryptosporidium spp
Análise de Esporos de bactérias aeróbias em amostras de água filtrada e de água bruta

• Monitoramento dos parâmetros da qualidade da água bruta de sistemas de abastecimento de água através de poços artesianos operados pelo Simae.
Turbidez, Cor Verdadeira, pH, Fósforo Total, Nitrogênio Amoniacal Total, condutividade elétrica e dos parâmetros inorgânicos, orgânicos e agrotóxicos,

• Análises de parâmetros inorgânicos.
Antimônio, Arsênio,Bário, Cádmio, Chumbo, Cobre, Cromo, Fluoreto, Mercúrio Total, Níquel, Nitrato (como N) (3), Nitrito (como N) (3), Selênio, Urânio.

• Análises de parâmetros orgânicos.
1,2 Dicloroetano, Acrilamida, Benzeno, Benzo[a]pireno, Cloreto de Vinila, Di(2-etilhexil) ftalato, Diclorometano, Dioxano, Epicloridrina, Etilbenzeno Pentaclorofenol, Tetracloreto de Carbono, Tetracloroeteno, Tolueno, Tricloroeteno e Xilenos.

• Análise dos parâmetros de agrotóxicos e metabólitos que representam risco à saúde.
2,4 D, Alacloro, Aldicarbe + Aldicarbesulfona +Aldicarbesulfóxido, Aldrin + Dieldrin, Ametrina, Atrazina +S-Clorotriazinas (Deetil-Atrazina - Dea, Deisopropil-Atrazina - Dia e Diaminoclorotriazina -Dact), Carbendazim, Carbofurano, Ciproconazol, Clordano, Clorotalonil, Clorpirifós + clorpirifós-oxon, DDT+DDD+DDE, Difenoconazol, Dimetoato +ometoato, Diuron, Epoxiconazol, Fipronil, Flutriafol, Glifosato + AMPA, Hidroxi-Atrazina, Lindano (gama HCH), Malationa, Mancozebe +ETU, Metamidofós +Acefato, Metolacloro, Metribuzim, Molinato, Paraquate, Picloram, Profenofós, Propargito, Protioconazol+ProticonazolDestio, Simazina, Tebuconazol, Terbufós, Tiametoxam, Tiodicarbe, Tiram e Trifluralina.

• Análise do padrão de gosto e odor

• Análise do padrão organoléptico de potabilidade
Alumínio, Amônia (como N), Cloreto, Cor Aparente, 1,2 diclorobenzeno, 1,4 diclorobenzeno, Dureza total, Ferro, Gosto e odor, Manganês, Monoclorobenzeno, Sódio, Sólidos dissolvidos totais, Sulfato, Sulfeto de hidrogênio, Turbidez e Zinco.

• Análise de subprodutos da desinfecção que representam risco à saúde
2,4,6 Triclorofenol, 2,4-diclorofenol, Ácidos haloacéticos total, Bromato, Cloraminas Total, Clorato, Clorito, Cloro residual livre, N-nitrosodimetilamina, TrihalometanosTotaL.

• Análise de cianotoxinas da água para consumo humano
Cilindrospermopsinas, Microcistina e Saxitoxinas.

PARÂMETROS ANALISADOS NOS LABORATÓRIOS DO SIMAE
(água bruta, tratada e distribuída)

• Cloro Residual
O Cloro é o agente bactericida, adicionado durante o tratamento da água, com o objetivo de eliminar bactérias e outros microrganismos, que podem estar presentes na água. Tem a finalidade de conservar a qualidade da água, até o ponto de entrega ao consumidor na entrada do imóvel.

• Turbidez
Turbidez indica a presença de partículas suspensas na água. Sua medição ocorre pela presença de material fino (partículas) em suspensão (flutuando/dispersas) na água. A turbidez é um parâmetro de aspecto estético e sanitário. Água com turbidez elevada fora dos padrões, não deve ser consumida.

• Cor
A Cor é uma medida que indica a presença na água de substâncias dissolvidas, ou finamente divididas (material em estado coloidal). Assim como a turbidez, a cor é um parâmetro estético e sanitário. Água com cor elevada fora dos padrões, não deve ser consumida.

• pH
pH é a medida que estabelece a condição ácida ou alcalina da água. Segundo o Ministério da Saúde, o Ph deve ser mantido na faixa de 6,0 a 9,5 para a água ser considerada propícia ao consumo. Fora desta faixa, a água se caracteriza como muito ácida, ou muito alcalina, passando a se tornar imprópria à ingestão devido causar problemas de saúde.

• Flúor
O flúor é um elemento adicionado à água de abastecimento, durante o tratamento, para proteção dos dentes contra a cárie. O teor de flúor na água é definido por legislação específica e sua dosagem pode variar de acordo com as condições climáticas (temperatura) de cada região, em função do consumo médio diário de água por pessoa. A ausência temporária de flúor na água de abastecimento, não tornam a água imprópria para consumo, já as altas dosagens tornam água imprópria para consumo, se água com índices elevados de flúor, for consumida continuamente, pode causar fluorose.

• Coliformes Totais
Reúnem um grande número de bactérias, entre elas a Escherichia coli, de origem fecal e que dificilmente se multiplica fora do trato intestinal. O problema é que outras bactérias dos gêneros Citrobacter, Eriterobacter e Klebsiella, igualmente identificadas pelas técnicas laboratoriais como coliformes totais, podem ser encontrados no solo e nos vegetais. Desta forma, não é possível afirmar categoricamente que uma amostra de água com resultado positivo para coliformes totais tenha entrado em contato com coliformes fecais.

• Coliformes Fecais ou Termotolerantes (Escherichia coli)
Pertencem a esse subgrupo os microrganismos que aparecem no trato intestinal dos animais de sangue quente, entre elas a Escherichia coli, de origem fecal e que dificilmente se multiplica fora do trato intestinal. É utilizado como indicador de poluição e contaminação das águas devido as suas características. Rotineiramente são realizadas análise da água para atestar a qualidade no laboratório do SIMAE, as análises bacteriológicas, ou seja, microbiológicas, com substratos específicos onde se obtém resultados em 24 e 48 horas.

Portaria GM/MS nº 888, de 4 de maio de 2021

Decreto Federal nº 5.440 de 04 de maio de 2005